O Homem que Despertou para a Vida

Antes da pandemia, um relógio a pulsar,
Um homem correndo, sem tempo para amar.
Entre prazos e telas, vivia a rotina,
Mas perdia o que a vida traz de mais divina.
O violão, guardado, juntava poeira,
E o riso do filho, soava à beira.
A esposa, paciente, esperava atenção,
Enquanto ele seguia na mesma direção.
Então veio a sombra, a vida por um fio,
E no peito nasceu um temor tão frio.
Beirando a morte, abriu os olhos enfim,
E viu o que sempre esteve ali, tão perto, tão afim.
Decidiu: "É hora de recomeçar,
Menos trabalho, mais tempo para amar."
O filho ganhou um pai presente,
A esposa, um parceiro, um amor crescente.
O violão voltou a ganhar sua voz,
Cantos que uniam, que faziam a vida atroz
Ganhar novos tons, harmonia e cor,
Transformando o passado em um novo fervor.
Além de tudo, sua mão se estendeu,
Ajudando outros a encontrar o que é seu.
Com imagens 3D, ele inspirou,
E muitos caminhos ao mundo revelou.
Hoje, ele é prova de que a vida é canção,
Que pode mudar com a força do coração.
E que, às vezes, é na beira do abismo,
Que descobrimos o valor do altruísmo.
