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A Luz que Nasceu da Solidão

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O diagnóstico veio, um golpe sem aviso,
Câncer de mama, um medo indeciso.
A cirurgia marcou o corpo e a alma,
E o marido, ao invés de apoio, quebrou a calma.

Pediu o divórcio, deixou-a ao léu,
Mas ela, ferida, buscou um novo céu.
Viajou à Índia, terra de espiritualizar,
Buscando na paz interior o que a vida pode dar.

Ali encontrou respostas, silêncio e verdade,
Mas quando a pandemia trouxe a saudade,
Sozinha ficou, mas não se abalou,
Pois nas dores passadas sua luz despertou.

Ela se viu plena, sem ninguém ao redor,
E percebeu que estar consigo era o maior valor.
Cozinhava banquetes, sofisticados, só pra si,
Saboreando a vida, do jeito que sempre quis.

Subia e descia as escadas com fervor,
Cada passo um ato de amor e louvor.
O corpo emagreceu, mas o espírito cresceu,
A luz que encontrou nunca mais escureceu.

Hoje, ela brilha, forte e serena,
Mostra ao mundo que a vida é pequena
Pra viver sem amor, começando pelo próprio,
E que cada desafio é um presente no óbvio.

Do diagnóstico errado à solidão na pandemia,
Transformou suas dores numa nova alquimia.
Uma mulher que renasceu, encontrou seu lugar,
E provou que a força é aprender a se amar.

A luz que nasceu da solidão 2
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Descrição da obra
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